Há males que vêm para o bem

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Há males que vêm para o bem

Saúde não é necessariamente a ausência de doença. Antes de mais nada, ela é uma condição de equilíbrio universal em todos os níveis: físico, emocional e mental.

O tratamento ‘natural’ é uma abordagem distinta para a saúde e cura que reconhece o animal como um todo. Nessa abordagem, a “doença” é definida como a falta de saúde que resulta quando qualquer célula não está funcionando com toda sua capacidade, devido a um trauma, toxicidade, falta de comunicação ou mesmo a combinação desses fatores.

Qualquer estresse, seja ele a falta de nutrição adequada, um bombardeio de poluição e toxinas, a falta de descanso suficiente etc., é capaz de derrubar a saúde resultando em doença, ou seja, o corpo paga o preço por violar as leis da natureza (já falei sobre elas em outro momento, mas vale lembrar: nutrição, exercício, água, sol, ar fresco, descanso, moderação e fé).

Sob esse olhar, uma doença não é ‘pega’, mas sim facilitada quando o corpo está fraco ou suscetível.

Daí a importância da nutrição adequada, dos exercícios regulares, da ingestão de água, do descanso, e por aí vai, para formar uma barreira de proteção contra qualquer mal.

A crise da cura

À medida que você leva o seu animal de estimação para um caminho mais natural, a fim de melhorar a sua saúde, como parte do processo de cura, o corpo começa a descartar resíduos tóxicos que se acumularam ao longo do tempo. Lembre-se que corpo vai sempre, e naturalmente, buscar o equilíbrio de suas funções, de sua homeostase.

Devo dizer, nenhum processo ocorre sem repercussões.

Durante a fase inicial de qualquer tratamento natural, o corpo precisa limpar a casa, por assim dizer, e o primeiro passo é jogar fora toxinas acumuladas.

Essa fase, referida em inglês como the healing crisis (em português, a crise da cura), é definida dessa forma simplesmente porque o corpo apresenta sintomas semelhantes a uma doença, quando entra em crise para reestabelecer a sua energia vital e reparar os órgãos internos.

O que acontece nesses momentos, nada mais é do que o trabalho sinergético de todos os sistemas para eliminar resíduos de produtos ou toxinas para a regeneração interna. Em outras palavras, tecidos velhos estão sendo substituídos por novos.

A diarreia é um dos sintomas que seu animal de estimação pode experimentar quando seu corpo começa a eliminar toxinas acumuladas.

Ao contrário do que pensamos, ela não é uma vilã, tampouco uma doença. Ela é um sintoma que faz parte da desintoxicação. Um sinal de que o corpo está eliminando o que não está legal.

É comum ocorrer quando da mudança de um modelo de dieta, picos hormonais, nervoso, medicação, ou mesmo ingestão de bactérias estranhas ao organismo.

Assim sendo, a diarreia é uma defesa natural e, antes de mais nada, uma grande aliada da saúde.

Um dia ou dois não faz mal e até ajuda. Depois disso, a casa já está limpa, melhor que ela pare ou vai causar uma desidratação.

Como ajudar de modo natural?

Há males que vêm para o bem

Você já ouviu falar em ‘remédios para desintoxicação’?

Esses remédios nada mais são do que probióticos enzimáticos usados para reestabelecer o balanço das bactérias da flora intestinal.

A flora intestinal, cabe aqui a observação, abriga uma porção de bactérias.

São mais de 100 trilhões de microrganismos, cerca de 400 espécies diferentes de bactérias, vivendo em harmonia nesse ambiente hostil. Às várias colônias dessas bactérias damos o nome de microbioma.

Vale também ressaltar que somos iguais aos nossos bichos nesse sentido, ou seja, temos milhares de bactérias vivendo no nosso organismo.

Estudos afirmam que o microbioma é o responsável pelo equilíbrio das funções corporais, desde a produção de enzimas até a proteção de ataques externos de vírus e outros microrganismos.

A flora intestinal

Há males que vêm para o bem

É o microbioma da flora intestinal que vai acabar com a diarreia – ou começar com ela, a depender do estágio de desintoxicação.

Pensando de forma simples, se as bactérias vão ajudar, então vamos tratá-las bem, certo?

Isso mesmo. Vamos então:

  1. Mandar mais ajudantes (mais bactérias beneficiais) = pró-biótico;
  2. Mandar alimento para todos (fibras não digeríveis, mas que fermentam nos intestinos e estimulam o crescimento das bactérias probióticas) = pre-biótico.

O trato intestinal de nossos cães e gatos possuem suas próprias bactérias (mais ou menos na ordem de: 75% de bactérias ‘do bem’ para 25% de bactérias ‘do mal’) e por isso, em casos de crise aguda, o ideal é buscar por alimentos que mais dizem respeito às suas naturezas, nesse caso, probióticos à base de organismos da terra (os SBOs) são os mais recomendados.

Tripas são excelentes probióticos naturais, que também oferecem enzimas digestivas. Alimentos como Kefir, iogurte e queijo cottage também ajudam.

No caso dos prebióticos, procure alimentos naturalmente fermentados como chucrute, ou os que fermentam no organismo tornando-se boas opções como a maçã, a banana e o cogumelo. Sempre em quantidades pequenas e, preferencialmente, ofertados em refeições diferentes, porque a depender da acidez provocada, isso pode gerar um ambiente desfavorável para as bactérias probióticas.

Outros alimentos que ajudam no reestabelecimento do organismo em casos de diarreia são os caldos caseiros. Um bom caldinho de carne ou galinha, que pode até ser preparado com os ossos, desde que esses sejam retirados na hora de servir, ajudam a hidratar além de fornecerem vitaminas importantes para a produção celular.

Chá de camomila com gengibre é excelente para aquecer a barriguinha dos nossos queridos bichos. Use a própria flor ou, no caso dos chás industrializados, procure os sem cafeína, prepare uma xícara com um dedinho de gengibre picado na infusão e ofereça aos poucos ao longo do dia. Os pedacinhos de gengibre podem ser comidos sem problema, essa raiz é um excelente anti-inflamatório natural.

Cães adultos se beneficiam do jejum e até deixam de comer por conta, usando de seus próprios mecanismos de sobrevivência em situações de crise. O mesmo não vale para os gatos, porque os bichanos não param sua produção de enzimas digestivas e, por isso, precisam comer menores quantidades de comida mais vezes ao dia.

Ufa! Tudo isso para dizer: há diarreias que vêm para o bem.

Muitas vezes, as crises assustam o tutor, mas é preciso lembrar que elas são uma ocorrência natural que fazem parte da desintoxicação.

Com paciência, compreensão, bons alimentos, e o bom equilíbrio do microbioma de nossos animais de estimação não há o que temer e o resultado é saúde, na certa!

Quero deixar aqui o link dos cientistas, entre eles diversos Ph.D., que estão revolucionando o assunto nos EUA, ainda não traduzido para o português, mas eu tenho certeza de que as ferramentas de tradução online cumprem seus papéis nessa hora. Isso porque, esse papo todo aí vale também (e muito!) para a gente.

Precisamos cuidar do nosso ‘ambiente interno’, o nosso microbioma, ou seja, as nossas bactérias, da mesma forma que elas cuidam da gente! Papo doido? Não é não! Vai lá ver:  → www.ubiome.com ←

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